Orçamento para 2014 marcado por quebra de receitas
O “Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2014” foi aprovado no passado dia 6 de dezembro, pela Assembleia Municipal de Mondim de Basto e apresenta-se condicionado pela diminuição das transferências do Estado e pelos encargos com a amortização dos empréstimos.
O Orçamento de Estado para 2014 prevê um corte de 2,75% nas transferências para a autarquia, o que representa menos 147 mil euros anuais. Recordamos que desde 2009 as transferências do Estado diminuíram cerca de 11% e esta é uma quebra na receita que não estava prevista no plano de saneamento financeiro, assinado em 2010.
Junta-se ainda a necessidade de amortização do empréstimo que obriga ao pagamento mensal de 125 mil euros, até à execução do Plano de Saneamento Financeiro, que termina em 2022.
O Presidente da Câmara, Humberto Cerqueira, explica que “com um orçamento tão restritivo, a prioridade que definimos foi assegurar as necessidades de funcionamento da autarquia, ou seja, despesas com pessoal, aquisição de bens e serviços, a educação, o desporto, o associativismo e a ação social”.
Apesar de não haver margem para grandes obras, o edil Mondinense garante a conclusão dos projetos que já têm financiamento comunitário assegurado, como é o caso do Centro Comunitário de Atei e a Casa Abrigo e Centro de BTT de Sobreira. Estas obras estão a ser financiadas pelo PRODER e foram iniciadas ainda este ano.
Estão ainda previstos novos investimentos no sistema de modernização administrativa no valor de 86 mil euros e em sistemas de eficiência energética, no valor de 78 mil euros. Ambos aprovados pelo programa ON2 e que deverão iniciar no próximo ano.
Ainda com uma dívida de catorze milhões de euros, é objetivo do executivo Mondinense reduzir a dívida da câmara até a um valor próximo do limite de endividamento, ou seja, cerca dos 7 milhões de euros.
“Temos de manter o esforço de redução da dívida da câmara. Pagamos a tempo e horas e assim queremos continuar”, conclui o autarca.