Câmara de Mondim apoia trabalhos de arqueologia

arqueologia_2010No período de 6 a 30 de Julho, 10 alunos da Universidade do Minho efectuaram, em Mondim de Basto, um estágio de 4 semanas que teve como finalidade o desenvolvimento de tarefas arqueológicas contemplando uma componente de trabalho de campo, de prospecção e levantamento patrimonial e uma outra de trabalho laboratorial e inventariação de espólio arqueológico.


O estágio, integrado no plano curricular da Licenciatura em Arqueologia, realizou-se ao abrigo de um protocolo existente desde 2005 entre a Câmara Municipal e aquela instituição de ensino superior, tendo sido suportado integralmente pelo município sob a coordenação do Arqueólogo António Pereira Dinis.

O trabalho laboratorial teve como objecto o tratamento preliminar do espólio exumado nas escavações realizadas no Crastoeiro e na Estação Rupestre de Campelo, entre os anos de 2005 e 2009, tendo sido lavados, numerados e inventariados vários milhares de fragmentos de cerâmica e muitas dezenas de peças líticas. Foi ainda iniciada uma base de dados que integra toda a informação referente a cada exemplar.

O trabalho de campo centrou-se, essencialmente, no inventário das estruturas de moagem do rio Cabril e seu afluente Cabrão, tendo sido feito o levantamento gráfico e fotográfico, assim como o decalque das marcas gravadas (datas, cruciformes etc.) dos moinhos de Pioledo, Travassos, Covelo e Bilhó (Ponte Nova). É de notar que em 1758 o pároco do Bilhó referia a existência de mais de 40 moinhos nestas aldeias encostadas ao Alvão.

Visitaram-se e levantaram-se, ainda, uma dezena de moinhos do rio Olo, junto da aldeia de Assureira e os moinhos da Rebufa, no rio Tâmega, em Atei.

A aposta neste tipo de projectos tem permitido, à autarquia de Mondim, valorizar e preservar o vasto património arqueológico de que o concelho é detentor.