Gastronomia e Vinhos

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Dos montes vem a rusticidade e a autenticidade dos produtos naturais: carne maronesa e cabrito, mas também a doçura, a riqueza e o valor nutricional do Mel de urze.

É na riqueza do nosso património natural que a gastronomia de Mondim de Basto vai buscar os seus principais valores.
Nos lameiros verdejantes das freguesias de montanha, “nasce” a carne bovina maronesa, produto com características sensoriais e nutritivas de elevada qualidade.
A suculência, o aroma e o “flavor” característico desta carne, evidencia-se na tradicional Posta Maronesa, um dos principais valores gastronómicos do concelho.
Uma carne histórica, de montanha, rústica na formação, mas delicada, tenra e suculenta no prato, de deixar saudades a quem a experimenta.

Dos prados naturais de altitude e da vegetação espontânea dos montes, vem a carne do Cabrito das terras altas do Minho, também tradicional produto gastronómico do concelho, igualmente reconhecido como raça autóctone e que encontra no tradicional cabrito assado com arroz de forno o seu principal reconhecimento.


Da tradição, sem a mesma singularidade mas de sabor autêntico e natural, constam também da ementa da terra, as couves com feijão, o arroz de cabidela de frango “ pica no chão” e os fumeiros, entre outros.

Mais raros, mas ainda com alguma representação culinária, constam também os pratos de caça, com javali e coelho bravo, principalmente.
Das águas frescas, límpidas e oxigenadas dos nossos rios de montanha, saem as trutas “da pinta vermelha”- salmo fario, de sabor natural ancestral.

Num território de montanha e planaltos, mas também de vales e várzeas, os produtos gastronómicos de principal valor reflectem essa realidade. Os milhos regionais produzidos, quando confeccionados, tornam-se num produto gastronómico interessante, podendo ser pobres ou ricos, em função das carnes que os acompanham. Tratam-se dos Milhos ricos e pobres, prato excepcional.

Se da altitude vêm as carnes das raças autóctones, das meias encostas do vale do Tâmega vêm os Vinhos Verdes de Mondim, brancos e tintos, qual “bênção divina”, capazes de dar alma ao corpo da gastronomia da nossa terra.

Com Pão de Ló húmido, se adoça quem nos visita.

Fisgas de Ermelo

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“...paisagem de tirar o fôlego e provocar vertigem...”

 

As Fisgas de Ermelo constituem o local mais emblemático da área protegida Parque Natural do Alvão.fisgasdeermelo2

São uma das maiores quedas de água da Europa, com um desnível de cerca de 400 metros, assentes em rochas quartzíticas com aproximadamente 480 milhões de anos. Foi a fracturação destas rochas duras que permitiu que o Rio Olo nelas se tenha “enfisgado”, dando origem ao nome popular pelo qual é conhecida a mais bela cascata do território continental português.

É um local que possui um elevado valor científico, didático e patrimonial, tendo associada uma notável vocação turística, na vertente Turismo de Natureza. A presença de marcas fósseis nestas rochas, deixadas por organismos marinhos já extintos, podem também ser vistas como uma espécie de “ilustração” de tempos distantes, em que a vida só existia no mar, por contraponto à biodiversidade excecional conhecida atualmente nesta área protegida.

A beleza singular e selvagem das Fisgas de Ermelo atrai dezenas de milhares de visitantes todos os anos, que daqui saem com todos os sentidos despertos e com o desejo e a promessa de voltarem muitas outras vezes. Quer a montante quer a jusante das quedas de água, é possível encontrar lagoas naturais, de águas puras e cristalinas, denominadas “piocas”, que convidam a banhos refrescantes.

 

Em 2016 foi inaugurado o percurso pedestre PR3 Fisgas de Ermelo que veio proporcionar uma visão mais próxima e pormenorizada dos principais valores naturais do Parque Natural do Alvão. Para além de oferecer perspectivas invulgares das quedas de água e encontros surpresa com a riqueza da fauna e da flora, possibilita também, a quem o desejar, a travessia de aldeias de montanha na descoberta do “modus vivendi” das populações locais.

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Aldeias de Montanha

aldeia-ermeloAldeias de granito e de colmo suspensas nas nuvens de algodão; aldeias de xisto e de lousa encrostadas nas gargantas das montanhas.

As coisas mais simples e mais autênticas da vida estão aqui....o linho e o centeio, o gado do vento, os pastores e os rebanhos, o esplendor dos dias claros nos reflexos dos rios truteiros. O silêncio original!

aldeia-pardelhas Aldeia de Varzigueto Aldeia_Bobal

Aldeia de Travassos

aldeia_travassos (1)A Aldeia de Travassos integra a Rede Nacional das "Aldeias de Portugal". Com uma localização privilegiada, dada a sua proximidade ao Parque Natural do Alvão, a Aldeia oferece inúmeros motivos de visita: as casas de granito, o fontanário, os espigueiros, as alminhas, o lavadouro público, envolvem o turista num ambiente de verdadeira ruralidade.