A Vespa Velutina
VESPA VELUTINA (ASIÁTICA)
A Vespa velutina nigrithorax, Vespa Asiática, é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (Apis mellifera).
Esta espécie distingue-se da espécie europeia Vespa crabro pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática).
Os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar:
a. Na apicultura - por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas;
b. Para a saúde pública – não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.
A deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de Vespa velutina nigrithorax (Asiática) deverá ser comunicada através requerimento.
PLANO DE AÇÃO PARA A VIGILÂNCIA E CONTROLO DA VESPA VELUTINA EM PORTUGAL
O plano de ação para a vigilância e controlo, tem como intuito enquadrar a atuação nacional face ao estabelecimento e disseminação da vespa asiática em Portugal.
COMBATE À VESPA VELUTINA
Consulte aqui o Booklet Digital
Deteção e combate à espécie exótica invasora Vespa velutina na CIM do AVE
A Vespa velutina no território nacional tem sido ao longo dos últimos anos alvo de diversas campanhas tendentes à sua erradicação, ou, no mínimo, ao seu combate. Não sendo fácil, não tendo, até à presente data, sido vislumbradas grandes melhorias, urge continuar, urge estabelecer medidas cada vez mais proativas, urge redefinir objetivos com o intuito final de diminuir todos os riscos crescentes que esta espécie invasora tem vindo a provocar no nosso território.
OBJETIVOS DA OPERAÇÃO
Estão previstas um conjunto de ações num alinhamento total e efetivo com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, visando, claramente objetivos comuns, a saber: a) diminuir o impacto causado pela Vespa velutina nas zonas onde já se encontra instalada; b) erradicar novos focos; c) prevenir a disseminação da espécie.
Para o efeito, prevê-se a realização das seguintes ações:
- prevenção, com a implementação de uma rede de armadilhas no território;
- aquisição de equipamentos para captura e destruição de ninhos;
- informação, disseminação e divulgação do fenómeno;
- acompanhamento da implementação/Seminário Final.
A VESPA VELUTINA
Vespa velutina ou asiática tem uma dimensão que varia entre os 2,5 e os 3cm de comprimento, apresenta uma cabeça preta, com face laranja/amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela e com um único segmento abdominal amarelado-alaranjado na face dorsal, o que torna difícil de a confundir com qualquer outra espécie. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas. As vespas fundadoras, de maior dimensão, podem atingir entre os 3 e os 3,5cm de comprimento.
QUANDO CHEGOU A PORTUGAL?
Desde 2011 está confirmada a presença da vespa velutina em Portugal, espécie não-indígena, predadora da abelha europeia. Os primeiros ninhos e avistamentos do inseto foram confirmados nos distritos de Braga e Viana do Castelo e, desde então, tem-se assistido a uma progressão gradual da área afetada no território nacional.
OS NINHOS
A Vespa asiática (Vespa velutina) constrói ninhos com cerca de 1 metro de altura e 80 cm de diâmetro. Podem ser encontrados, normalmente, em árvores com mais de 5 m de altura e entre a folhagem. A entrada e saída dos ninhos é feita por um orifício lateral.
PERÍODOS DE ATIVIDADE
Fevereiro – março – aparecem os primeiros ninhos fundados pelas rainhas – ninhos primários (5–10cm);
Abril – maio – nascimento das obreiras e construção dos ninhos secundários (50–80 cm);
Setembro – outubro período de maior atividade e número máximo de indivíduos;
Novembro- janeiro – abandono dos ninhos e hibernação das novas rainhas, morte dos restantes indivíduos (período de inatividade).
PREDADORA DE INSETOS POLINIZADORES
A Vespa velutina é essencialmente um predador de outras vespas e de abelhas, mas, tal como a vespa europeia, também se alimenta de uma grande variedade de outros insetos.
A Vespa velutina não é fonte de transmissão de nenhuma doença das abelhas.
A Vespa velutina não é considerada mais perigosa para seres humanos do que a vespa europeia.
MÉTODOS DE CONTROLO
A captura de rainhas fundadoras, ninhos da Vespa velutina e o controlo da sua atividade nos apiários, constituem os melhores métodos para limitar o impacto desta espécie predadora sobre as abelhas e outros insetos, bem como para evitar riscos para a segurança pública.
A destruição dos ninhos é da responsabilidade da câmara municipal da área onde se registe a sua ocorrência ou de outra entidade que seja por si autorizada;
A colocação de armadilhas a título preventivo ou de controlo, deve ser executada com utilização de iscos alimentares específicos ou feromonas, quando disponíveis.
Para mais informações deverá consultar o “Plano de Ação para a vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal” em https://stopvespa.icnf.pt
Como agir na presença de vespa velutina ou ninhos?
Reportar através dos seguintes meios:
Serviços Municipais de Proteção Civil;
Juntas de Freguesia;
STOPVESPAhttps://stopvespa.icnf.pt
Linha SOS Ambiente: 808 200 520;
A destruição de ninhos com armas de fogo (por ex. armas de caça);
A destruição parcial dos ninhos (independentemente do método).